domingo, 27 de março de 2011

Significado do dia 28 de Março

Afinal, qual é o significado do dia 28 de março para o povo de Gararu?

A Verdadeira emancipação política do Município de Gararu ocorreu no dia 15 de Março de 1877 pela lei provincial nº 1047 assinada pelo presidente do estado José Martins Fontes, a lei diz que desmembra do município de Ilha do Ouro o distrito de Curral de Pedras; Elevado á categoria de vila com a denominação de Gararu, mudado o nome de curral de pedras para Gararu. O 28 de marco significam apenas que a lei 1.038 deu novos limites à freguesia suprimindo cerca de uma légua de sua extensão, na margem do São Francisco, passado a ser da foz do riacho da lagoa Escurial à foz do riacho Porteiras.
Fazendo comentários a respeito da criação do município de Laranjeiras (em 07.08.1832), Epifânio Doria informa:
 “A esse tempo o fato de um povoado passar à categoria de vila importava na criação de um novo município, do qual o núcleo urbano beneficiado pela nova categoria passava a ser sede.”“Efemérides Sergipanas”, vol. II, pág.139.
O município surge, com toda certeza, quando uma povoação, sediando uma freguesia (que é a divisão eclesiástica), se torna independente ou autônoma de outro município, sendo elevada à categoria de vila.  
Portanto fica bem claro que o 28 de março de 1876 se refere a apenas aos limites do município e não a data magna de emancipação política

Afinal o que comemorar com a data do 28 de março, povo de Gararu????????

4 comentários:

  1. Caro Pedro, já há algum tempo venho discutindo com as autoridades di municipio sobre o 28 de março. Na adminitração de Helder, com grande festa, comemoraram os 130 anos. Estive lá vestido com uma camisa com o decreto estampado na parte na frente e atrás um texto como formade protestar contra o evento. Este ano, em janeiro, em reunião com o Prefeito e depois com secretário de educação do município mais uma vez externei a minha indignação. Infelizmente nada foi feito
    A propósito, se você for em Gararu até 09/04, passe na biblioteca municipal e veja anossa exposição fotográfica RAÌZES. Sua visita nos honrará.

    Um grande abraço,

    Nailson Moura

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  2. Pedro, acabo de ter uma boa surpresa quanto ao resgate e fortalecimento da história e cultura de Gararu: o blog "Gararu: Fragmentos da História". É importante ver que no nosso querido município existem pessoas iguais a você que pensa história como algo atual. Assim venho parabenizá-lo pela produção do blog e deixar minha disponibilidade para contribuição.

    Abraço

    Lohan Lima

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  3. AO POVO DE MINHA QUERIDA GARARU. (MANIFESTO)
    Caros conterrâneos, o aniversário de nossa querida cidade já passou e foi dia 15/03. Não sei por que ainda insistem em comemorar no 28/03. Em Gararu, até a “História” é com "E" de "Estória". Sim. No Brasil, “estória” (com “E”) tem uma conotação de narrativa criada, inventada, sugerida, uma obra de ficção. Já a “História” (com “H”) é uma narrativa que faz parte dos fatos ocorridos na vida dos povos, uma obra não ficcional.
    Pois bem. Contra os fatos, meus queridos, não há argumentos. E neste caso, pior ainda, já que se trata de um fato Histórico. E que diabos vem a ser um “FATO HISTÓRICO”?
    FATO HISTÓRICO É um fato que ultrapassa o campo do indivíduo e do grupo, e tem sua influência, significado ou condicionamento, quer sobre ou para outros grupos sociais maiores, penetrando na direção do seu destino.
    Tais fatos formam o historial, ou mostram seu aspecto historial que é o conjunto dos acontecimentos, que tem ou tiveram certa significação ou influência sobre uma coletividade humana.
    E quais são os Fatos Históricos que me levam a afirmar que estamos insistindo na comemoração de nossa emancipação política em data errada? Ei-los, então:
    De acordo com o livro “História dos limites entre Sergipe e Bahia”, de Francisco de Carvalho Lima Júnior , o primeiro proprietário das terras de Gararu foi Tomé da Rocha Malheiros. O fazendeiro de posse de uma carta de, detinha a posse de 10 léguas no município, do século XVII, a partir da Serra da Tabanga, em direção ao sertão.
    A região que havia sido tomada pelos indígenas, tempos mais tarde, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, medida tomada pelo Marquês de Pombal, em virtude dos conflitos com o Estado, fora abandonada. Na aldeia, novos sitiantes vindos da região de Porto da Folha se estabeleceram, dando origem ao povoado Curral de Pedras.
    Com o passar dos anos, o povoado foi acolhendo novos habitantes e se tornou a freguesia (Distrito de uma Paróquia). do N. S. Bom Jesus dos Aflitos do Curral de Pedras. De simples aglomeração de casas em torno de uma capela, por Resolução nº 473, de 28 de março de 1857 foi, por sete anos, transformada em sede da Freguesia de N. Sª. da Conceição do Porto da Folha. Em 10 abril de 1875, pela Resolução nº 1003, tornou-se, definitivamente, uma freguesia desmembrada da de N.Sª. da Ilha do Ouro, com limites estabelecidos no referido documento.
    Em 28 de março de 1876, através da Resolução nº 1038, teve os seus limites novamente alterados, conforme constam no documento acima.
    Conservando os limites que lhe haviam sido estabelecidos pela resolução anterior, por força da Resolução Provincial nº 1047, de 15 de março de 1877, foi transformada em Vila, adotando o nome de GARARU, em homenagem ao Cacique da tribo outrora ali existente.
    Portanto, o que ocorreu em 28/03 não tem nada a ver com a nossa Emancipação Política. Ela só acontece em 15/03/1877. Aliás, nome de uma das praças da cidade. Isto me fez lembrar um episódio ocorrido com o Mestre Ariano Suassuna, quando proferia uma palestra na USP, a maior universidade do Brasil, e ao perguntar aos mais de 2000 alunos ali presentes se alguém conhecia o maior pensador da língua portuguesa do Século XVIII, o brasileiro, paulista, Matias Ayres, e só um aluno respondeu que já ouvira falar nele. Aí o Mestre Ariano pediu para que o aluno falasse para os demais sobre o que sabia sobre o pensador. E o aluno disse-lhe: Mestre, eu moro numa rua que leva este nome.
    Caros Prefeito, Sr. Secretário de Educação e Cultura e Digníssimos Vereadores do Município, já passamos da hora de acabar com este “equívoco”. Não permitam que a nossa História continue sendo transmitida aos nossos queridos alunos de forma errada, para que não passem o constrangimento de dizerem que conhecem uma praça com este nome, como fizera o aluno da USP.
    Gararu, 27 de março de 2013.
    Nailson de Oliveira Moura

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