segunda-feira, 9 de maio de 2011

Festa do Santo Cruzeiro 108 de Tradição

Surgimento do Cruzeiro 

Cruzeiro Atualmente; Crédito FREITAS,Daiane.
       Segundo fontes de pesquisa, no ano de 1903, inicio do século XX, foi levantada uma cruz de madeira no ponto mais alto da cidade, que foi trazida da Faz. Aldeia, cujo dono era o Sr. Vicente Ferreira de Aragão, cravada neste lugar em que 10 de maio. E conforme registro feito no livro de Tombo da Paróquia de Gararu pelo Padre Antonio Regis, datado em 1930, o motivo a se instalar o cruzeiro foi em virtude da promessa feita pelo vigário da época a fim de livrar a paróquia dos perigos do banditismo e cangaceiros.                                                                          
           Em comemoração a este grande evento, acontecia na véspera, uma enorme festa social na Praça Rio Branco, onde lá existiam barracas com diversas iguarias típicas, além de grandes sanfoneiros da região o que animavam a festa. É importante destacar, que antes da presença do automóvel, o povo chegava a carros de boi, montados em cavalos, jumentos e outros a pé, estes que quando iam subir ao cruzeiro, levavam os calçados nas mãos.
                                
        Depois de uma grande noitada de muita animação, sem ninguém dormir, todo povo seguia em procissão às 4 horas da manhã até o cruzeiro e as cinco acontecia o ato religioso. No momento da eucaristia, todo aquele povo transformava-se num símbolo de religiosidade e fé. Atentamente, os mais jovens ouviam as opiniões dos mais velhos: “Se chover na hora da missa, temos um bom inverno, caso não chova, o ano será de dificuldade para a lavoura”. E a previsão sempre era verídica. Esse dia, por mais distante que esteja para retornar às grandes tradições, o filho de Gararu nunca esquece a subida do Santo Cruzeiro.

Pontos principais da Festa do Santo Cruzeiro
    •   Antigamente a festa só era realizada nos dias 9 e 10 de maio, diferente dos dias de hoje.
    • No dia nove acontecia uma grande festa, chamada de Natal, na Praça Rio Branco, com muitas barracas com comidas típicas e os melhores sanfoneiros da Região. 
    • O transporte da época eram os carros de boi, cavalos, e a maioria vinha a pé.
    • A festa da véspera ia até horas da madrugada, quando chegava ás 4 horas todas subiam para o cruzeiro, para a missa que acontecia às d a manhã.
    •  Vinham pessoas de Salvador pagar promessas, eram muitos bailes em casas, sendo que o melhor era o da prefeitura.
    • Os sanfoneiros tocavam na “onda”, que era um brinquedo manual para as pessoas andarem.
    • A festa do cruzeiro era o maior evento do município, melhor até mesmo que a festa de Bom Jesus dos Aflitos e Navegantes.
    • Os sanfoneiros mais lembrados são Angenor da Barra, Guiomar, Zé do Aleixo, Juca Sanfoneiro e Aprigio.
    • O principal motivo pra que a festa quase acabasse foi devido ao um chefe político local que por ter o governador do estado como aliado e sendo oposição a administração municipal de Gararu, começou a perseguir ao povo fazendo varias prisões ai o povo  com medo das  perseguições deixaram de vir pra festa.

    2 comentários:

    1. Antonio Aragão Cabral1 de agosto de 2011 às 16:22

      A matéria acima, que trata da Festa do Santo Cruzeiro, me encheu de orgulho ao saber que a cruz de madeira foi trazida da Faz. Aldeia, cujo dono era o Sr. VICENTE FERREIRA DE ARAGÃO. Este senhor é exatamente meu bisavô, pai do meu saudoso avô, Sr. Vicente Aragão Filho. Há alguns meses que venho fazendo um levantamento da árvore genealógica da nossa família e gostaria de saber onde conseguir mais informações da vida do Sr. VICENTE (se nos livros da Paróquia de Gararu). Grato,
      antonioaragaocabral@yahoo.com.br

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    2. Olá Antônio aqui em Gararu onde você pode conseguir informações é só na Paroquia e no cartório de registos.

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